12 de julho de 2005

Drácula

Bram Stoker, 1897, Irlanda

Obra prima da literatura universal, esse romance gótico definiu o arquétipo do vampiro que ainda hoje povoa o imaginário do terror.

Um livro muito bem escrito. À maneira vitoriana, possui uma linguagem bastante formal, solene e polida; densidade nas palavras que não chega, nem por um momento, a prejudicar a simplicidade do raciocínio.

O poder descritivo do autor é uma qualidade que favorece ao suspense e os fatos são muito bem amarrados, sem furos (haja criatividade!). Stoker também se revela uma pessoa de sensibilidade e inteligência privilegiadas ao expor minuciosamente seus personagens, temperando sua obra com belíssimos insights sobre a natureza do comportamento humano.

Literatura de entretenimento sim. Contudo, não se trata de um livro banal. Muito conhecimento, inclusive sobre a época em que foi escrito, aflora de suas páginas. Ótima leitura!

"Quem nunca passou por todos os terríveis sofrimentos da noite não pode avaliar com exatidão como são doces e sutis para o nosso coração e caros para os nossos olhos os primeiros clarões do alvorecer" (p.53).

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